terça-feira, 30 de julho de 2013

Provas de fogo ou Pá de cal ?

É, por mais que estejas sofrendo ou com alguma dificuldade, a Vida não Para.

Durante a primeira biópsia de investigação em março de 2010 estava muito fragilizada com a perda do meu amadíssimo avó materno. Fazia apenas 20 dias, e ainda estava muito abalada.

O gaúcho Tupinambá Índio Brasileiro do Amaral faleceu aos 92 anos, numa quinta-feira, dia 5 de fevereiro de 2010 no antigo Hospital do Cepon no centro de Florianópolis. Vítima de um câncer de bexiga e complicações generalizadas.

Pai de verdade. Amor eterno.


Homem forte, de pensamentos e atitudes que marcaram toda nossa família por sua honestidade, personalidade, generosidade e lealdade com todos.

Trabalhou muito duro por anos, e quando finalmente conseguiu um pedacinho de terra pra chamar de seu e nela gozar de sua merecida aposentadoria, eis que seus 6 netos menor de idade aportam em sua casa pra morar devido a separação de sua filha e genro. Ninguém merece né!

Com certeza ele apavorou, mas não negou abrigo, amor, ensinamentos e cuidados de um pai.
Jamais esquecerei tamanha atitude de solidariedade e generosidade comigo e meus irmãos.
Serei eternamente grata a ele e a minha amadíssima avó Irene Ayda Thomé do Amaral hoje com 91 anos sob os cuidados de uma clínica em Porto Alegre para tratamento do Alzheimer.

Minha amada avó Aydinha.

As vezes me pergunto se não é melhor mesmo esquecer de tudo de vez, ao invés de ter que conviver com a falta do companheiro de 65 anos. Ela diria: minha riquinha, Deus sabe o que faz!

Então, sofrendo pelo falecimento do meu avô, pela internação da minha vó, pelos sintomas físicos e o medo da confirmação da minha doença, meu pai, Euclides Ribeiro falece repentinamente exatos 6 meses depois.

No dia 5 de agosto de 2010, numa quinta-feira também, minha madrasta liga e diz: teu pai tá caído aqui na sala! Eles moravam em Balneário Camboriú  que fica 100 km de distância de Florianópolis, onde moro.

Meu herói, meu bandido.

Mas as 6 da tarde, no horário de rush numa capital, o tempo dobra para chegarmos até lá e prestar o devido socorro.

Cerca de 1 mês depois, nos reunimos para juntos organizarmos o inventário do pai e naquela noite mais um fato extremamente desagradável fez com que meu estado emocional e físico fossem a nocaute por completo.  De onde tirar ainda mais forças para continuar?

Que dias Senhor. O que mais falta acontecer? O que queres me dizer diante disso tudo? No que me agarrar? O sentimento de abandono, de profunda tristeza e da completa falta de perspectiva familiar me colocaram num buraco fundo, gélido, escuro por alguns meses. Algo dentro de mim morreu!

Tudo que pensei ter construído em sentimentos, amizade, cumplicidade e disponibilidade para a minha "grande" família acabara totalmente.

Sem amor, sem respeito, sem admiração, sem perdão e sem arrependimento não existe relação.

Os HERÓIS, todos mortos! Inclusive e principalmente eu.

O natal deste ano foi muito diferente dos anteriores, pois minha "pequena" família decidiu ir pra Gramado e Canela sentir o encanto das lendas de papai noel, dos bonecos de neve, dos homenzinhos de bolacha afim de proporcionar alegria e diversão aos nosso corações.

Desfile soldadinhos de chumbo
Natal Luz no lago em Gramado

Desfile dos bonecos de neve


E com certeza aquela magia e o brilho das luzes ascenderam novamente em nós o verdadeiro amor que o menino Jesus nos ensina a ter por todos durante o ano inteiro, não somente no Natal.

Beijos gordos e doces, Mel














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